quinta-feira, 17 de novembro de 2011

Lô Borges lança novo disco no SESC Pompéia

A Lô o que é de Lô. O grande melodista, o artesão das soluções harmônicas desconcertantes exibe grande forma em Horizonte Vertical, belo nome para um disco típico de um artista com geometria própria. Retoma seus caminhos criativamente tortuosos, inesperados, num disco solar, dedicado à geração de seu filho, Luca.

Como artilheiro que assume a responsabilidade da vitória, ele marca uma dúzia de gols de placa num disco em que vence desafios com elegância de craque.

Gravado em oito meses de trabalho intenso, reflete bem a tática que Lô resolveu adotar nos anos 2000. "Descobri que tinha poucos discos de inéditas", contabiliza. "Decidi deixar um pouco a estrada e investir na composição." O resultado: desde o disco "Um Dia e Meio" (2003), Lô dobrou a produção como autor.

E neste Horizonte Vertical acabou fazendo, porque as canções pediam seu primeiro disco de inéditas com participações. Da quase onipresente Fernanda Takai, que ele convidou porque ouvia sempre uma voz feminina enquanto compunha, e se tornou membro ativo da banda, com direito a vocais tais sofisticados em uma das faixas, que provocou a frase lapidar: "essa mulher sabe muito de música". Vindo de um dos mais competentes e respeitados autores da música brasileira um baita elogio.

Outra presença constante da carreira atual de Lô é Samuel Rosa, com quem ele divide um show campeão e com quem tem uma convivência quase sempre transformada em canções. Os dois vão se revezando em harmonias e melodias, em dribles e passes que vão construindo a música como jogada de mestres. Enquanto comem pão de queijo e ouvem o barulho dos filhos jogando futebol.

A terceira e mais ilustre participação é do padrinho musical Milton Nascimento, indispensável na faixa "Mantra Bituca", uma homenagem à amizade e à parceria que duram quatro décadas.

Se no disco anterior, e na maioria dos anteriores, ele compôs a maior parte das músicas ao violão, desta vez ele usou o piano, instrumento generoso que chama de "minha nascente do São Francisco". "No piano, muitas músicas chegam prontas, como On Venus , que eu compus em trinta minutos e baixou inteira."

Registrado no Ultra Estúdio, em Belo Horizonte, e com parte mixada e inteiramente masterizado no TurtleTone Studio, em Nova York, por Michael Fossenkemper, o disco tem concepção simples. Depois de testar fazer o disco com banda completa, nas primeiras sessões, Lô optou por gravar com apenas dois músicos - Barral e Robinson Matos, com camadas e temperos acrescentados ao longo do processo.

Nas letras, parceiros tradicionais, que jogam por música, como Márcio Borges, Ronaldo Bastos e Nando Reis. Mas a principal foi Patricia Maês, escritora e musicista, que em apenas dois dias compôs cinco letras. E acabou definindo o tom do disco: uma coleção memorável de canções de amor.

Se alguém identificar, aqui e ali, aquele toque Beatle, está certo. O trabalho começou com um núcleo de canções feitas em homenagem a John, Paul, George e... George Martin. Ringo, que acabou onipresente, ficou na concepção das baterias do disco. Mais uma solução não convencional do verticalizador de horizontes Lô Borges.

SERVIÇO
Lançamento do CD Horizonte Vertical, de Lô Borges
Local: Sesc Pompéia -  Rua Clélia, 93 – Pompéia – SP / Tel.: (11) 3871-7700

Data: Dias 17 e 18 de novembro,quinta e sexta
Horário: 21h
Ingressos: R$ 20, R$ 10 e R$ 5
Capacidade: 344 lugares
Duração: 80 minutos.

(Informações da Assessoria de Imprensa)

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